Instituto Pensar - CPI recebe empresário que esteve em ?chopp da propina? da vacina Covaxin

CPI recebe empresário que esteve em ?chopp da propina? da vacina Covaxin

por: Iara Vidal 


Edilson Rodrigues/Agência Senado

A CPI da Pandemia no Senado recebe nesta quinta-feira (26) o empresário José Ricardo Santana, que esteve presente em jantar em restaurante de Brasília, em 25 de fevereiro ? quando teria sido feito pedido de propina no episódio da oferta de 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca pela empresa americana Davati ?, será ouvido pela CPI nesta quinta, a partir das 9h30.

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Santana, que teve a quebra de seus sigilos aprovada na comissão, é ex-secretário-executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão interministerial cuja secretaria-executiva cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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Assista à reunião da CPI

Para Humberto, depoente pode esclarecer pedido de propina

Antes do início da reunião, o senador Humberto Costa (PT-PE) disse que o depoimento de hoje é importante porque José Ricardo Santana teria participado do jantar em que o ex-diretor do Ministério da Saúde Roberto Dias teria pedido propina de 1 US$ por dose de vacina  Covaxin que estava sendo negociada. Além disso, segundo Humberto, Santana atuou no Ministério da Saúde sem cargo formal ou vínculo empregatício, o que pode se caracterizar como crime de usurpação de função pública. Assista ao vídeo abaixo.

Para Renan, Santana é ligado à Precisa Medicamentos

O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), justificou no pedido de convocação que Santana tem ligação direta com Francisco Emerson Maximiano, seus sócios e empresas ? entre elas, a Precisa Medicamentos.

"Há comprovação de que, juntamente com Maximiano e outros investigados, inclusive no mesmo voo, [Santana] foi à Índia tratar com a fabricante da Covaxin [vacina desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech].?

Na quinta-feira (19), Maximiano admitiu aos senadores que esteve quatro vezes na Índia. Ele disse que foi recebido na Embaixada do Brasil em Nova Déli, mas se recusou a informar o que fez na representação diplomática. Também preferiu o silêncio a esclarecer quem pagou as viagens e as estadias. O empresário não quis dizer por que José Ricardo Santana também viajou à Índia.

Depoente tem habeas corpus do STF

José Ricardo Santana tem habeas corpus concedido pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, que permite a ele ficar em silêncio durante perguntas que possam incriminá-lo. A decisão do STF ressalta que o depoente não pode faltar com a verdade em questionamentos não abrangidos por essa garantia.

Com informação da Agência Senado



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